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A nova palavra do momento

Atualizado: 2 de mai. de 2020


No meio do mundo dos negócios, sempre surge uma palavra da moda. E ela não precisa nem ser tão incrível, só precisa ter uma pegada inspiradora, encorajadora e ser proferida em palestras motivacionais. Geralmente não dura muito mas, dessa vez, eu gosto dela. E pra evitar que o sentido não se esvazie e a gente perca a relevância, vamos entrar mais a fundo nisso:

Hoje a gente vai falar de propósito.

Eu amo quando as pessoas postam coisas com a hashtag #LoveMondays na segunda-feira durante o trabalho. Eu jamais conseguiria ser assim. Acordar às 6h, pegar dois ônibus lotados e ir pro emprego nunca foi uma das minhas tarefas matinais favoritas: eu prefiro muito mais acordar em um hotel e ter um daqueles cafés da manhã fartos. Porém, já tive mais prazer na execução de atividades no meu trabalho do que no café. Já perdi as contas de quantas vezes já trabalhei em lugares fora do padrão de escritório tradicional só porque estava inspirado. E, é ali, que eu encontro meu propósito.

De cara precisamos fazer essa diferenciação: o seu propósito não é a sua felicidade; mas sua felicidade precisa estar no seu propósito. Meu propósito não é tomar café da manhã em hoteis, mas, no mínimo, o prazer que eu sinto em empreender meu propósito, com certeza, se equipara com o café. Propósito tá na gente. Por isso, antes de falar sobre definições e ferramentas, vamos olhar um pouco pra dentro:

O que te dá prazer?

O que você faz muito bem?

O que você faz que o mundo precisa?

Como você pode ganhar dinheiro com tudo isso?

E é aí que acontece a intersecção de propósito, trabalho e emprego.

Mas o que é propósito, afinal?

Gosto muito de olhar pra palavra "propósito" como o povo de Okinawa olha pra palavra "ikigai". Ikigai, em tradução literal, se aproxima de algo como "o motivo de eu acordar todos os dias". E, como os moradores dessas ilhas se tornam centenários, algumas pessoas acham que a descoberta do ikigai é, na verdade, o segredo da longevidade.

Na busca do meu propósito

Eu, Rafael, na primeira vez que fui apresentado pra esse conceito, fui tomado por uma ansiedade gigantesca. Não havia sentido trabalhar mais caso não tivesse um grande motivo pra isso. E foi aí que eu me perdi: busquei cursos, palestras, literaturas, vídeos mas nunca olhei pra mim. E quando eu me fiz mais sutil, foi quando as coisas começaram a se encaixar. Acredito que o caminho seja a escuta interna.

Eu tento mapear situações que vão me levando pra onde eu consigo ser mais eu. E, geralmente, isso acontece durante o banho, no meio de um almoço sozinho ou qualquer outro lugar inusitado, menos no escritório (seja ele em casa ou no ateliê). Quando a inspiração vem muito forte, eu sei que aquela minha intenção é genuína. E é ali que eu vejo o "porquê" e o "como" do meu trabalho. É como eu começo a desenhar meu propósito.

Como a gente potencializa o propósito das pessoas aqui na Dreher 1989

Metodologias de facilitação: Eu preciso que as pessoas coloquem pra fora a verdade delas. Mas isso é uma das coisas mais difíceis de se conseguir. Por isso, com metodologia tudo fica mais fácil. Gosto muito de usar alguns elementos do Dragon Dreaming por aqui. Essa é uma metodologia que coloca o sonho das pessoas no início, como um norte, e durante o processo. E, quando elas verbalizam isso, fica muito mais fácil de engajar os participantes e também de externalizar as verdades deles.

Autonomia: Aqui ninguém precisa de aprovação pra nada. Se precisamos de post-it, botões ou suco pra um café da tarde, é só pegar dinheiro no caixinha. E isso vale pra projetos também! Qualquer campanha, roupa ou ação, cada idealizador toca a ideia com o suporte e apoio de todos. Mas isso só é possível quando todos tem conhecimento da empresa. Por isso, que a situação administrativa (marketing, produção e financeira) não é segredo pra ninguém, todos tem acesso aos planejamentos, status de produção e quantia de dinheiro. Não tem mistério. E, além disso, essa autonomia só funciona porque temos a cultura de pedir conselhos uns aos outros, independente de qual seja a especialidade de cada um.

Só você é protagonista do seu trabalho.

Mas a autonomia é o único caminho pra exercer teu propósito.

Se escute!

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Curtiu? Quer saber mais?

Luciano Braga: Propósitos não precisam estar numa frase bonitinha.

Carolina Bergier: É possível encontrar seu propósito?

André Carvalhal: O livro Moda com propósito

Larusso: Sobre o Ikigai

Simon Sinek: Golden Circle

Quer continuar esse papo?

Nos manda um e-mail!: contato@dreher1989.com


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