Inglaterra 1977, a rainha Elizabeth II comemorava seu jubileu de prata com desfiles em todo o Reino Unido enquanto quatro rapazes que se auto intitulavam Sex Pistols estragavam a festa com o hino “Anarchy in the U.K.”, visando destruir a monarquia com três acordes e slogans ofensivos. O punk rock ganhava a mídia e o coração dos jovens trabalhadores ingleses que, cansados de oferecer seu suor ao sistema, se libertavam das amarras sociais.
O movimento crescia com bandas como o The Clash e o The Jam que elevaram o punk rock a outro patamar musical, buscando novas influências em suas músicas e no modo de vestir. Camisetas rasgadas, customizadas com alfinetes e stencils deram lugar às camisas xadrez de colarinho com um corte que acompanhava o corpo. Paul Weller, líder do The Jam, trazia o Mod de 1960 e seu modo de vestir para a revolução, que virou uma obrigação entre os fãs da banda e da classe trabalhadora após o expediente.
O final da década de 1970, onde o punk rock quebrou regras e criou estilos, foi o cenário de inspiração para o desenvolvimento da nova camisa da Dreher 1989, uma peça carregada de história e insatisfação social, que homenageia os jovens da classe trabalhadora. Detalhes cuidadosamente desenhados, clássicos padrões de xadrez, modelagem exclusiva, manufatura local e ódio, essa é a Suburbia.
Texto por Henrike Baliú, ex-líder da banda punk rock Blind Pigs e atual Capitão da Armada. Fotografias por Janette Beckman.
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